sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Excesso de tecnologia me dá náuseas

“E-mail, MSN, Orkut, Facebook, blog, YouTbe, o tal de Twitter. Céus! É tanta ferramenta de comunicação que fico tonta!”

Quando entrei na faculdade de Jornalismo, eu entendia por meio de comunicação jornal, revista, televisão, rádio e todas essas coisas que a gente agora chama de mídia convencional. Internet era algo com que eu tinha algum contato, mas não estava tão presente no meu dia-a-dia, nem banda larga eu tinha para me conectar. Há também que se considerar que eu lia um ou dois jornais que minha mãe assinava lá em casa, comprava alguma revista de vez em quando e assistia sempre o mesmo canal de TV. Cinema? Só no Festival de Gramado! No resto do ano, os filmes em cartaz chegam atrasados no Cine Embaixador...

Na época, eu devia ter apenas uma conta de e-mail, não sabia o que era MSN, muito menos YouTube e nunca tinha feito um download de música ou filme na vida. Com toda certeza, raras haviam sido minhas pesquisas no Google também. Eu era uma verdadeira taipa pra esse negócio que a gente chama agora de mídia digital ou novas mídias, coisas que eu fui desvendando com o tempo.

Cinco anos depois, não imagino minha vida sem o Google, sei lá como seria se não tivesse MSN e custo a acreditar que um dia as redações de jornal eram repletas de máquinas de escrever ao invés de computadores. Só que, ainda que seja suficientemente informada sobre este universo tecnológico, sou um atraso em termos de digitalização.

Verdade! Até seis meses atrás, eu não tinha um blog sequer. Agora tenho três! E ainda colaboro com mais um da ZeroHora.com. Depois que criei os blogs, demorei mais uns dois ou três meses para aprender a publicar fotos e vídeos e acho que foi semana passada que alguém me ensinou como fazer hyperlinks. No Facebook foi esta semana que resolvi entrar – e ainda não entendi direito como funciona nem pra que serve (se é que essas redes servem para alguma coisa). Até hoje, jamais postei um vídeo no YouTube – mas claro que já assisti vários.

Sou um fiasco pra mexer nessas coisas. Acho pouco produtivo. Útil e divertido, em certos casos, mas pouco produtivo. Na verdade, o excesso de tecnologia me dá náuseas. E-mail, MSN, Orkut, Facebook, blog, YouTbe, o tal de Twitter. Céus! É tanta ferramenta de comunicação que fico tonta! Não aprendi a lidar com isso. Estou me esforçando para aprender. Afinal, sou uma profissional de comunicação, e isso contempla também essas novas mídias que ficam velhas da noite para o dia.

Não bastasse o universo digital para me causar enjôo, também meu leque de veículos convencionais aumenta à velocidade da luz – o que me faz acreditar que de fato a mídia convencional não vai morrer. Leio quatro jornais diários, tenho uma pilha de revistas na minha mesa, contemplando mais de 20 títulos de todos os segmentos: esporte, moda, casa e decoração, viagem, economia e negócios, as semanais... há cada vez mais segmentação nesse universo. A Editora Abril lançou, no mês passado, a versão brasileira da Runner’s World, uma revista só sobre corridas. Corridas! Não basta uma seção sobre corridas numa revista de esportes, precisava de uma revista inteira. Isso só para citar um exemplo.

Haveria mais a comentar, mas eu ficaria parecendo aqueles palestrantes de congressos de comunicação que se arriscam a discursar sobre o impacto desse turbilhão de mídias no exercício da profissão, mas ficam só ensaiando rodeios em torno do que já se sabe e não chegam a conclusão alguma.

2 comentários:

  1. Adorei suas colocações, o homem inventou mil formas de comunicação mais ainda não aprendeu a se comunicar com o meio ambiente e consigo mesmo...o excesso de tecnologia também me dá náuseas,mas a incapacidade do ser humano de se comunicar com outro ser me irrita!!!bjs...Lisi Berti

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  2. Oi Lisi!
    Sempre bom receber um comentário teu... isso que disseste, aliás, me faz lembrar de uma peça tua! Saudade de estar aí perto e poder conferir também as tuas colocações, só que teatrais!!
    Grande abraço ;)

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