Sábado passado fui visitar uma tia em Novo Hamburgo. Fazia anos que eu não aparecia por lá. Já nem lembrava mais o caminho. A única lembrança que eu tinha era da imponente mangueira que cobria o jardim da casa da minha tia, mas isso não me ajudaria muito a chegar lá.
Tive a feliz ideia de ver o mapa no Google e bater com o itinerário do ônibus. Bendita internet! Com uma ajudinha do cobrador, seria facinho encontrar as mangas caídas no jardim. Ou não.
Com o mapa impresso, mostrei para a cobradora o caminho que meu namorado e eu precisaríamos fazer até a casa da minha tia. Perguntei se havia alguma parada em algum dos pontos circulados no mapa, mas ela não conhecia as ruas. Prontificou-se a olhar as placas de esquina e avisar quando passasse por alguma delas.
Foi quando um passageiro do ônibus pegou o bonde andando e quis entrar na conversa. Perguntou para onde estávamos indo. Pegou o mapa, virou de um lado, virou de outro. Falou da rua aqui, da outra ali, tentou explicar alguma coisa que não entendemos e ficou por isso mesmo. Acabamos parando onde a cobradora sinalizou.
Na rua, nossa primeira vítima foi um padeiro, que estava entregando pão em uma lancheria. Perguntamos pelo nome da rua, ele disse onde era. O dono da lancheria logo se meteu na conversa dizendo que era muito longe, que não dava para seguirmos a pé. Um senhor que estava em uma das mesas do bar, já se intrometeu perguntando para onde estávamos indo. Foi ele quem nos deu a instrução mais correta.
Uma entrada à esquerda e já estávamos na rua da casa da minha tia. Precisou apenas uma ou duas quadras para avistarmos a sombra da mangueira e, debaixo dela, refletir sobre a boa vontade de nossos informantes. Todos queriam ajudar, mas alguns atrapalharam. De qualquer forma, é interessante como todos se prontificaram a contribuir com o que sabiam – ou pensavam que sabiam – sobre o caminho que deveríamos fazer. Até parece que sabemos mais do que outros sobre seus caminhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fala que TYScuto!