Sem desmerecer o bom futebol dos Meninos da Vila, mas desde o início eu acreditava na “alma castelhana” desses Guris da Azenha.
Depois que descobri o Twitter, economizei nos posts aqui no tais&coisas. É que ficou mais prático raciocinar em 140 caracteres. Ontem, ainda na expectativa do jogo contra o Santos, aquele time que, se dependesse da Globo, já era até campeão do mundo, resumi numa sentença curta o que esperava da partida: “Eles têm os Meninos da Vila, mas sou mais a alma castelhana dos Guris da Azenha”. Eu não tinha noção do que estava dizendo.
Bati o cartão depois do horário ontem, peguei o ônibus do futebol e fui balançando com a Geral até o estádio Olímpico. Aos poucos, os espaços na arquibancada iam sendo preenchidos. A festa estava pronta. Trinta e oito mil gremistas gritando, mandando recado para o Dunga – que deixou o melhor goleiro do Brasil por dois anos consecutivos de fora da lista de convocados para a Copa -, todos cantado em coro que a banda estava louca para ver o Tricolor ganhar. Fico arrepiada só de lembrar.
Só que nem o melhor goleiro do Brasil podia contra os ditos Meninos da Vila. Aos 15 minutos de partida quem abriu o placar foi o Santos. Um balde de água fria. Ainda no primeiro tempo, veio o segundo gol dos Meninos, Jonas perdeu um pênalti e o goleiro santista roubou a cena de Vitor, operando um ou outro milagre. Silêncio no estádio. O Santos era mesmo o que a Globo dizia... chovia em Porto Alegre, chorava a torcida tricolor.
Faria sentido a desesperança se o Grêmio não tivesse o apelido de “Imortal”. Indescritivelmente, o time voltou para o segundo tempo com aquela alma castelhana que apaixona o torcedor. Fez o primeiro gol, a torcida levantou de novo, sorriu, gritou, empurrou o time para o empate. Já estávamos no lucro, mas o torcedor pediu: “Mais um! Mais um!”. Jonas, que tinha perdido o pênalti no primeiro tempo, atendeu com um lindo gol para reverter o placar. Inacreditável! De novo o Grêmio fazia o impossível. Quando veio o quarto gol, o milagre estava consagrado. Espetacular! Pena ter permitido que Robinho diminuísse, fechando o placar em 4 a 3. Ainda assim, a reação gremista jamais se apagará na memória do torcedor. Foi o jogo do ano. A Azenha não é a Vila. A chuva parou, o torcedor comemorou.
Resumo, então, em menos de 140 caracteres o jogo de ontem: “Com perdão da heresia, mas é Deus e o Grêmio: eles fazem o impossível, basta acreditar!”. Que mágico esse tal de futebol. Inexplicável como ele mexe com a gente. Mas isso é pauta para outro post.
Fantástico!! (refiro-me ao texto da Tys, à vitória do Imortal, à melhor torcida do mundo...)
ResponderExcluirBeijo Tys