quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Era uma vez um diploma para colocar na parede
“Apesar de eu ser declaradamente a favor do diploma, não acho que seja o diploma que faz o profissional, seja ele jornalista, médico ou cozinheiro.”
Os senadores aprovaram hoje a PEC do diploma de jornalista, a pouco menos de um mês de eu receber o meu. Depois de oito intensos anos de Unisinos, não tenho dúvidas de que o tão esperado ‘canudo’ tem seu valor.
Ainda ontem eu estava na aula da turma de Introdução ao Jornalismo, ao lado do colega André Ávila, parceiro de muitas cuias de chimarrão durante a aula – e outras tantas cervejas depois da aula. Fomos convidados pelo mestre Eduardo Veras para contar nossa (baita) experiência no projeto experimental em revista, na reta final do curso. No fim, a conversa degringolou para nossas perspectivas depois de formados, o que aprendemos com a faculdade e por aí vai.
Uma das conclusões a que cheguei ali, na hora, foi que é difícil separar o que foi a faculdade que me ensinou e o que aprendi com a vida. Desde o primeiro semestre, trabalhei na área. Passei por turismo, hotelaria, eventos, cosméticos, gastronomia, teatro, política, automóveis, direito... até chegar na Redação, onde, mesmo em uma recentíssima trajetória, transitei entre o hard news (temporal, enchente, acidente de trânsito e homicídio, não necessariamente nessa ordem e nem sempre um de cada vez!) e o soft news (que atende pelo nome de Bem-estar).
Tudo isso para dizer que, apesar de eu ser declaradamente a favor do diploma – como se pode constatar pela minha bio aqui no blog –, não acho que seja o diploma que faz o profissional, seja ele jornalista, médico ou cozinheiro.
A faculdade nos oferece ferramentas valiosas, mas é preciso que a gente encontre espaço para tirá-las da maleta e começar a construir uma carreira. Aí a gente sustenta um alicerce aqui, perde um parafuso ali e vai fazendo uns puxadinhos com ajuda de um ou outro treinamento mais específico. É, de fato, uma construção. E, com diploma na parede ou não, seguirei empilhando tijolinhos para tentar fazer jus à profissão que escolhi.
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