Ao ver William Bonner e Fátima Bernardes anunciarem no Jornal Nacional de sábado passado, 6 de agosto, a divulgação dos “princípios editoriais das Organizações Globo” tive duas reações. A primeira foi me perguntar “por que isso agora?”. A segunda, “e eu com isso?”.
Reações preguiçosas e precipitadas, admito. Na segunda-feira, dei-me o trabalho de ler o documento que se apresenta como um conjunto de princípios que os veículos do grupo devem seguir para que seja cumprido o compromisso de oferecer “jornalismo de qualidade”. Gostei do que li.
O documento não traz nenhuma novidade para quem frequentou a faculdade de Comunicação. Defende que o jornalismo é uma forma de produzir conhecimento, reitera princípios essenciais como isenção e correção da informação, bem como posturas éticas que se espera de jornalistas profissionais diante das fontes, dos colegas, da empresa onde trabalha, da sociedade em que vive.
Como profissional de jornalismo, gostei de ler os princípios editoriais das Organizações Globo justamente por esse resgate. Por trazer de volta definições e parâmetros da atividade jornalística que tendem ao esquecimento na era das mídias sociais, instantâneas e abertas, onde o papel do jornalista profissional torna-se cada vez mais sensível.
Como leitora, telespectadora, ouvinte e internauta, gostei de ler os princípios editoriais das Organizações Globo porque entendo essa publicação como um compromisso público firmado com quem consome os produtos do grupo de, efetivamente, oferecer “jornalismo de qualidade”.
Seja lá por que a Globo resolveu publicar os tais princípios, sustente a história da Globo ou não esse conjunto de valores, uma coisa é certa: eu e você temos algo a ver com isso. “A afirmação destes valores é também uma forma de garantir a própria atividade jornalística”, diz o texto. O documento dá as diretrizes do que a Globo considera bom jornalismo. Resta observar se a teoria vai bem na prática.
Confira a íntegra dos Princípios Editoriais das Organizações Globo
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