Enquanto a gente se preocupa com o diploma - e olha que não poucas vezes defendi a obrigatoriedade deste por aqui -, o jornalismo passa por uma crise de identidade muito mais avassaladora que a instabilidade da categoria.
Mais do que se preocupar com a regulamentação da profissão e até com a definição da fronteira teórico-epistemológica em que se situa a comunicação (tipo de coisa com que temos nos ocupado em discutir nas aulas do mestrado ultimamente), é preciso prestar atenção no que o jornalismo está se tornando ou em que pode ser transformado diante dos avanços tecnológicos que estão por aí.
Não é a primeira vez que a inovação tecnológica muda formatos, cria gêneros, redefine modos de produção jornalística. Mas é a transformação da qual somos atores. É preciso pensar nisso...
Os robôs vão substituir os jornalistas?
Não deixe a ironia passar despercebida: plataformas automatizadas agora
"escrevem" reportagens sobre empresas que ganham dinheiro com transações
automatizadas. Essas reportagens terminam influenciando o sistema
financeiro e ajudam os algoritmos a identificar transações ainda mais
lucrativas. Em termos práticos, o que temos é jornalismo produzido por
robôs e para robôs. O único lado positivo da história é que o dinheiro
todo fica para os seres humanos. Leia o texto completo na
Folha
Mas o que lhe parece mais nocivo? Os robôs que são robôs mesmo, ou os cada vez mais comuns robôs humanos?
ResponderExcluirGK