quarta-feira, 11 de março de 2015

Super-repórter

Meus pertences na Redação: um kit chimarrão,
uma xícara (para o café no plantão), uma capa de chuva
(para os dias de enchente e assemelhados), blocos, canetas,
cartões de visita (contatos!) e algumas lembrancinhas

Superados os trâmites burocráticos, nesta quinta-feira, 12 de março de 2015, começo efetivamente minha caminhada para virar "doutora". Será meu primeiro dia de aula no doutorado da UFRGS. Abri mão precocemente de uma carreira no jornalismo diário para me dedicar a este novo projeto de vida.

Abri mão naquelas. Depois de cinco anos no dia a dia da reportagem de um grande jornal, pelo menos nesses primeiros dias de abstinência, eu ainda me sinto repórter. Acho que sempre serei repórter, mesmo que não esteja repórter por algum tempo.

Eu arriscaria dizer que Robert Park, jornalista e sociólogo, que será um dos meus gurus nos próximos quatro anos, passou por sensação semelhante um século atrás. Park dizia que o sociólogo é um "super-repórter", um repórter mais científico, mais preciso e responsável. 

Levando em conta que a Comunicação está no guarda-chuva das Ciências Sociais Aplicadas, tomo para mim a metáfora de Park para descrever como me vejo enquanto pesquisadora, com alma de repórter. Quiçá esta nova etapa da minha caminhada me ajude a chegar mais perto do que se poderia chamar de "super-repórter".


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