sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Exaltação à breguice


"Se isso é mesmo ser brega, garanto: é dos bregas que elas gostam mais!"

Era sexta-feira, véspera de feriadão. O corredor da faculdade estava deserto. Só se ouvia ela digitando, com Rita Lee tocando baixinho ao fundo. Ela se sentia num jogo de resta um. Restava ela.

Foi quando uma conversa despretensiosa por MSN, sobre um trabalho indigesto de uma disciplina da faculdade – no qual, aliás, ela estava trabalhando até perder o prumo – mudou o astral da noite. Incrível como a singeleza – ou a breguice, como preferiu chamar o colega @rico_machado – de certas manifestações afetivas, de fato, nos afetam.

Rico, aliás, mais que um colega, é um grande amigo. Um amigo brega como poucos. Brega, entre outras coisas, porque se deixa afetar e assume que se afeta por singelezas – ou breguices – como a declaração de amor do pequeno Tan, um “chinesinho apaixonado” (veja o vídeo no final do post).

Um dia, Tan vai crescer, tornar-se homem, feito Rico. Quiçá não deixará de ser brega, feito Rico. Porque se isso é mesmo ser brega, garanto: é dos bregas que elas gostam mais! Sou grata a amigos bregas, feito Rico, que fazem as singelezas – ou breguices – da vida fazerem total sentido.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Lista da bota



Nosso prazo de validade por aqui não vem impresso na embalagem. Então, por que não pensar logo no que fazer antes de bater as botas?

A poucos desaniversários de distância da data que não se enquadra nesta categoria no meu calendário, lembrei, sem motivo aparente, de um filme de 2007, com Morgan Freeman e Jack Nicholson, traduzido para o português como “Antes de partir” (o título original é “The Bucket List”). Trata-se da história de dois doentes terminais que elaboram uma lista de coisas a fazer antes de baterem as botas.

A “lista da bota” nada tem a ver com aqueles livros que aparecem às pencas nas prateleiras, do tipo “1000 discos que você tem que ouvir antes de morrer”, “1000 lugares para conhecer antes de morrer”, “1000 livros para ler antes de morrer”, e outras tantas mil coisas para as quais teríamos que dispor de, pelo menos, mais “1000 anos para viver antes de morrer”.

Como eu duvido muito que vá chegar aos 1024 anos, afinal o destino da humanidade (ainda) não é como nos filmes de ficção científica, fico com meia dúzia de coisas que, de fato, terei condições de fazer antes de morrer. Ou assim espero. Nosso prazo de validade por aqui não vem impresso na embalagem. Então, por que não pensar logo numa lista da bota? Está mais que na hora.

Aí vão alguns itens da minha (aceito contribuições!):

- Voar de asa-delta (porque a tirolesa superman foi só o começo);
- Ir ao Maracanã (lotado, de preferência. E numa partida de futebol, não na gravação de um DVD da Ivete Sangalo);
- Cantar no Theatro São Pedro (nem que seja só com minha mãe na plateia);
- Conhecer a Grécia, o Egito, Machu Pichu (e mais uma dezena de lugares que me encantavam nos livros de história da época de colégio);
- Morar na praia (qualquer uma em que a temperatura mínima anual não seja inferior a 15ºC).
E a lista segue em construção, enquanto as botas aguentarem...