quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Viva os desaniversários


Uma vez por ano para celebrar a vida é pouco. É preciso fazer valer a pena os 364 desaniversários que cada ano nos oferece - fora os bissextos que nos dão um a mais como brinde.


O Chapeleiro Maluco de Alice no País das Maravilhas estava certo. É preciso contar os desaniversários. Um dia, entre 365 que um ano inteiro oferece, é muito pouco para celebrar. E nunca se sabe se estaremos aí para o próximo aniversário. Como pouco ou nada se sabe sobre o dia seguinte.

Enfim, óbvio pelo óbvio, é necessário retomar algumas obviedades de vez em quando. Tipo: “viver intensamente”. Trata-se, no fim, de celebrar os desaniversários. Não há nada de irresponsabilidade nem de alienação nisso. Falo das coisas do dia a dia às quais, em geral, damos pouca importância, porque ligamos no piloto-automático entre um aniversário e outro.

Tomar um café com um velho amigo, permitir-se conhecer amigos novos. Trabalhar com vontade, estudar com vontade (fazer o TCC com vontade!). Ligar para a mãe de vez em quando, visitar aquela amiga grávida, mandar um e-mail para aquele que está longe. Rir de uma piada no meio do expediente, tomar uma cervejinha com os colegas depois da aula, marcar um churras com a galera. Ver um filme na TV, ir ao shopping (seja pelo cinema, pela livraria ou pela praça de alimentação!). Saltar de tirolesa, fazer rafting, acampar, tomar chimarrão na praça. Apaixonar-se, decepcionar-se, partir para outras, apaixonar-se de novo (e assim por diante). Aprender um idioma, uma dança, a tocar um instrumento. Pedir demissão, pedir perdão, parar de dizer não.

Há tantas opções (óbvias) para fazer valer a pena os 364 desaniversários que temos por ano - fora os bissextos, que nos oferecem um a mais como brinde. Por causa de tantas pequenas coisas que fui acumulando nos últimos desaniversários até custo a acreditar que ainda nem cheguei aos 25 anos de vida – e isso não é uma reclamação! Apenas comprova que a idade não passa de um número.

Contar a vida pelos anos é irrelevante. É preciso que os dias sejam vividos - intensamente, como diz o clichê. Viva os desaniversários!

3 comentários:

  1. Amiga! Belo texto! Recentemente celebramos um desanivesário que não perdeu em nada para uma festa, afinal, rimos e nos divertimos muito, não é mesmo? Foi muito bom te reencontrar. Que a gente não demore tanto para repetir a dose. Beijos!

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  2. É, este assunto aparece constantemente na nossa pauta...
    Cada dia é um dia, é uma vida nova, é uma decisão, enfim, é um repleto de oportunidades e motivos pra comemorar. São esses 364 (ou 365) dias que nos desafiam a fazer valer aquele dia em que fazemos aniversário.

    Num desses 300 e tantos dias, teria que ter ao menos um em que eu conseguisse deixar um comentário, pelo menos na segunda tentativa hehe.

    Obrigada pelo texto!

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  3. Belo texto Taís :-) Concordo contigo, quando a gente comemora os desaniversários, a gente se surpreende por ser ainda tão jovem, pensando em todas as opções que os próximos desaniversários oferecem.

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