quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Nada mais que um pensamento solto...

Só tragédia na capa do jornal de hoje...

calamidade em Santa Catarina

e o Inter já meio-campeão.

Livrai-nos do mal!!!!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

As coisas legais que escrevi

"Se precisar, até soletra o sobrenome polaco do entrevistado (que tem umas 23 consoantes, mais ou menos)"

Num post anterior eu falava do desafio jornalístico de fazer das coisas chatas um pouco menos chatas. Depois fiquei lembrando de algumas coisas legais que escrevi. Coisas que eu achei legais. Porque tem coisas que eu acho que não vão dar em nada e acabam bombando. Em compensação, tem coisas que eu achei legal de escrever e ninguém deu bola.

É por isso que tento fazer coisas legais com o que eu acho chato, porque alguém em algum lugar vai gostar. Então, encaro até os trabalhos mais xaropes - e olha que tem pauta xarope por aí! Não vou citar exemplos, porque fica - adivinha - chato. Mas tem temas que dão trabalho, nos mais variados sentidos da expressão.

Às vezes é como se te pedissem para escrever sobre a vida em Júpiter, o que significa dizer que te vêm com umas pautas que fica difícil escolher por onde começar. Aí o "santo" Google ajuda a achar umas pistas, você acha uma fonte aqui, um livro ali, um evento lá e cruza os dados - e os dedos também! Normalmente, esse tipo de trabalho que é mais legal de fazer. Só que muita gente vai achar isso chato depois de pronto.

Por outro lado, tem pautas que não dão trabalho nenhum, saem quase por fotossíntese do jornalista para o teclado. São temas que você vê todos os dias nos jornais, sabe de cor o celular da fonte e, se precisar, até soletra o sobrenome polaco do entrevistado (que tem umas 23 consoantes, mais ou menos). Costumo achar esses trabalhos menos legais de fazer... é que acho mais difícil chover no molhado do que fazer chover - o que não tem qualquer relação com a moça do tempo acertar a previsão!

Entre umas e outras, tem coisas que escrevi e achei tão legais que fico pensando se eu seria capaz de fazer de novo. E tem coisas tão ruins que fico rezando para conseguir fazer melhor. Espero que sim, se não vou morrer de fome!


Seção Dardos:
Recebi algumas indicações de alvos, então, aos poucos, de post em post, vou lançando os Dardos que ainda me restam. O de hoje vai para o Velha Amiga, da Marcela Donini. A Marcela é jornalista - e poderia me dar uma aula de como fazer melhor o que eu comentava no texto aí em cima! Como ela já me ajudou a melhorar os links do Tais&coisas, o blog dela ganha o primeiro link. Com "coberturas especiais" e tudo, o blog reúne textos, fotos e vídeos sobre viagens. A rota da vez é Buenos Aires. Dá um clique!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Preciso lançar Dardos. Alguém me indica um alvo?


“Enquanto blogueira sou uma excelente jornalista!”


Já faz uma semana que estou procurando alvos para lançar meus Dardos. É que recebi uma cota de 15 na semana passada, mas não fui capaz de lançar nem meia dúzia deles ainda. Preciso de ajuda para identificar alvos dignos de recebê-los!

Explico. Os “dardos” a que me refiro não são mortíferos. Trata-se do Prêmio Dardos. Um selo que foi criado para promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web. “Com o Prêmio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras”, diz a definição da coisa.

Adorei a idéia de blogueiros “se indicarem-se uns aos outros”, especialmente dentro dos valores apresentados. Fui uma das “dardeadas”, por indicação do meu amigo Zé que, ora, pois, debandou-se para Portugal já faz um tempo e de lá manda notícias por meio de seu blog E agora José?, o qual eu invejo bastante. Invejo porque ele é bem feito graficamente e também em termos de conteúdo. Os posts vêm sempre com indicação de trilha sonora, a lista da bota aparece ali também e o banner tem uma montagem de fotos no mínimo interessante.

Bom, o problema é que o blog do Zé é um dos poucos com os quais tenho algum contato. Acho que fora ele, leio o meu (pelo menos eu!), o Diário de Propaganda e há poucos dias comecei a ler o Verso da Vida (porque ele foi criado há poucos dias!). E quem recebe o Dardos precisa, em contrapartida, exibir a imagem do prêmio no blog (como o fiz), linkar o blog de quem indicou (também está feito) e escolher 15 outros blogs para “dardear” (aí que me refiro!).

Tinha um outro amigo meu, o Paulinho, que tinha um blog “mara”. Só que faz mais de ano que ele não posta nada lá. O blog, embora desconfigurado, ainda está no ar e o conteúdo (que era a melhor parte mesmo) ainda pode ser conferido no Coisas Mais.

Então, não é que eu desmereça os blogs, mas enquanto blogueira sou uma ótima jornalista. Mesmo na Internet sou assídua dos veículos tradicionais e acesso pouco ou quase nada os blogs alheios. Não é por preconceito. Nem por excesso de amor ao blog próprio. É só me chamarem pra ler alguma coisa que eu dou um clique lá! Bom, agora, pode ser que eu dê mesmo é um Dardo!
PS: Se alguém souber me dizer como eu transformo esses hyperlinks em uma coisa bonitinha (tipo nome do blog sublinhado, não essa salada de //www aí no meio do texto) eu agradeço muito pela informação! :)
PS 2: Agradeço à Marcela Donini, jornalista e blogueira, pelas dicas para melhorar meus links! Dá um clique nela: Velha Amiga (em outro post vou comentar as indicações que recebi para o Dardos, mas a Marcela merecia citação prévia!)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Quando não sei o que escrever


“Tem horas que a inspiração pira de vez e vai embora. Então, quem pira sou eu!”

Eu já devo ter escrito isto alguma vez na minha vida. Se escrevi e você leu, peço desculpas por ser tão repetitiva. Mas se tem uma categoria de escritores que eu admiro são os articulistas de jornais diários e revistas semanais. Sim, porque ao contrário de mim, que no meu blog mando eu, eles têm prazo para enviar artigos. E inspiração não é algo que respeite muito qualquer tipo de prazo... Aliás, não tem um sequer desses profissionais que já não tenha escrito algo sobre o “branco”. A todos, ao menos uma vez, faltou assunto algum dia. Pode ser que faltou inspiração. Acredito ser bem plausível a alternativa de que lhes tenha faltado mesmo é saco para escrever – de novo!

Acontece que nós, jornalistas – ou projetos disso, como eu –, escrevemos demais! Na maioria das vezes sobre coisas chatas, essa que é a verdade. Tentamos fazer as coisas chatas ficarem mais legais, mas nem sempre conseguimos. Quando conseguimos, mal dá tempo de ficarmos orgulhosos e já vem uma pilha de novas pautas para executar. Há também os redatores que consigam tornar coisas legais inacreditavelmente chatas – e isso é um problema. Dos leitores, claro. Porque o redator está feliz da vida recebendo seu salário para escrever aquela matéria insossa.

Isso posto, eis uma duas razões possíveis para jornalistas manterem blogs pessoais paralelamente à profissão: uma vez que escreve muito sobre assuntos que pouco ou nada lhe interessam, o jornalista resolve liberar suas paixões e opiniões acerca das chatices que escreve e outras coisas mais. Como seu editor jamais permitiria tal disparate, resta-lhe apelar para o blog.

Todavia, é comum que blogs pessoais de jornalistas não estejam atualizados na mesma freqüência que pressupõe sua profissão. Isso porque já bastam as oito ou dez horas por dia diante de um teclado na Redação para provocar uma total falta de saco para escrever alguma coisa melhor ao chegar em casa.

Não, isso não é um desabafo de uma pseudo-profissional decepcionada com a carreira. Muito antes pelo contrário, como se diz. Mas de tanto tempo dedicado a fazer coisas legais e outras nem tanto profissionalmente, faltou-me a paciência de escrever alguma coisa “com conteúdo” para o blog. O resultado disso foi este post, que nada mais é do que uma encheção de lingüiça – tarefa, aliás, para a qual jornalistas estão bem treinados também, embora a “objetividade” seja o mandamento primordial da categoria. Só pra não passar uma semana sem atualizar o Tais&Coisas e ser mais uma das jornalistas-blogueiras que abandona o barco deixando os navegantes cibernéticos a ver navios!

Tem horas que a inspiração pira e vai embora. Nessas horas, quem pira sou eu! Acontece.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O Brasil não precisa de pena de morte

“Serão condenados à morte os que roubam. Mas vamos matar os que roubam muito ou os que roubam pouco?”

Quem viu Tropa de Elite e virou fã do BOPE pediu pra sair da palestra do jornalista Caco Barcelos, terça-feira, 4, no Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre. O que o BOPE faz no Rio de Janeiro não é justiça, é extermínio. O BOPE, em um ano, matou mais que os EUA em toda sua história de aplicação da pena de morte – e não matou em nome da lei.

No Rio de Janeiro, só 2% das mortes são causadas pelos ditos “bandidos. A polícia é responsável por 20% das mortes. 78% dos “matadores” são civis que perdem a cabeça por um motivo qualquer. Morre mais gente no Brasil em um ano do que na soma dos cinco anos de invasão norte-americana no Iraque. Porém, nenhum rico desonesto foi morto pelo BOPE.

Era aí que Caco Barcelos queria chegar. O Brasil não precisa de pena de morte. Depois de apresentar essas e outras estatísticas sobre a violência urbana no Brasil, Caco convidou os espectadores a se imaginarem na condição de legisladores: vamos aplicar a pena de morte no Brasil. Serão condenados à morte os que roubam. Mas vamos matar os que roubam muito ou os que roubam pouco? Vamos condenar à morte os que matam. Mas vamos matar os que matam muito ou os que matam pouco?

Ora, os que menos causam mortes são os que o BOPE tortura – e a platéia aplaude no cinema. Se fosse por número de mortes, os primeiros a padecerem na cadeira elétrica seriam os policiais. Da mesma forma, os que roubam quantias mais vultuosas são os chamados homens de “colarinho branco”. No entanto, volto a dizer, nenhum rico desonesto foi morto pelo BOPE até hoje e, como diria o capitão Nascimento no filme, nunca será!

Tolice defender a pena de morte no Brasil. Ela já existe nos morros das favelas, enquanto a elite da tropa segue impune. Os jovens universitários que hoje defendem a tortura, conforme pesquisa da Nova/FC, no passado eram perseguidos e torturados pela Ditadura. Para ver como as vidas que valem alguma coisa mudam de lado de tempos em tempos. Mas quem de fato conhece o valor da vida de cada um não está aqui para julgar. Somos um bando de “aspiras” achando que valemos alguma coisa mais do que os outros.