quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sem diário e sem agenda


"Não sei se estou ficando velha ou se estou ficando louca. Talvez as duas coisas. Mas começo a pensar seriamente em um projeto de vida para 2011: terei um diário."

A essa altura, colunistas de jornal escrevem exaustivamente sobre o ano que termina, o outro que começa. Bombam retrospectivas, listas e premiações de “melhores do ano”. Pensando no que dizer sobre 2010 e no que esperar de 2011, porque não dá para terminar o ano com um post sobre o Mazembe (embora tenha sido este um dos grandes acontecimentos do ano para qualquer gremista secador como eu!), dei-me o trabalho de perder algumas horas relendo os posts de 2010 aqui no tais&coisas.

Então lembrei de um post mais antigo ainda, que até foi reproduzido no Jornal de Gramado, lá na minha terrinha, em 2008. Eu me perguntava sobre o que fazer com agendas velhas. No porão da casa da mãe tem uma caixa cheia delas. Muitas são da adolescência, transformadas em verdadeiros diários, com direito a bilhetes de colégio e papeis de bala para recordar qualquer coisa que eu já nem lembro mais, mas que fazia sentido naquela época.

Termino 2010 sem agenda e sem diário. Minha agenda se resume ao que lembro de cadastrar na conta do Google ou de programar alarme no celular, fora os e-mails para mim mesma para não esquecer de alguma coisa muito importante. Já diário... bem, o mais próximo disso é este blog – apenas um espaço para um “projeto de jornalista” depositar pensamentos sobre coisas da vida.

Não sei se estou ficando velha ou se estou ficando louca. Talvez as duas coisas. Mas começo a pensar seriamente em um projeto de vida para 2011: terei um diário. Transitando pelo que postei aqui neste ano, lembrei de tanta coisa que poderia ter ficado registrada e não ficou, a não ser na memória, que pode se perder logo ali, com uma pancada na cabeça ou com os efeitos da idade.

Eis, então, meu projeto de vida para 2011. Terei um diário. Ok que a adolescência já se foi faz tempo – bem mais do que eu gostaria e bem menos do que o necessário para que eu me considere tão experiente –, mas não se trata de um diário pueril, e sim de um “livro de memórias”. Tantas pérolas foram parar no Twitter, em meias palavras ou trocadilhos. Tantos comentários estão dispersos em Facebooks e Orkuts. Colocarei tudo num diário, manuscrito, com caneta esferográfica e ao pé da letra. Compromisso.

Um comentário:

  1. Oportuno! Ontem a noite quando estávamos indo embora comentamos de era preciso escrever algo do tipo "frases memoráveis de 2010." Isso de deixar no registro faz bem. Mais que uma lembrança é uma história que se escreve!

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