domingo, 9 de janeiro de 2011

Da novela Ronaldinho Gaúcho


Teve de tudo nesta novela. Traição, perdão, falcatrua, enrolação. Só faltou paixão.

A dita novela Ronaldinho Gaúcho tomou conta da mídia esportiva nas últimas semanas, especialmente no Rio Grande do Sul, claro, mas também no centro do país. Primeiro, a esperança gremista de contar com um craque, que, a exemplo do Ronaldo Gordo, mesmo fora de forma, é acima da média dentre os que atuam no futebol nacional. Sem contar o fator, digamos, “redenção”. De uma certa forma, esperava-se que, com o retorno, Ronaldinho desse ao Grêmio o que não deu quando foi embora.

De repente começam a brotar especulações sobre interesses financeiros do Milan, negociações com outros clubes e aí cada dia era um anúncio diferente, comentários de toda ordem, de Pelé, o Rei, ao técnico colorado, Celso Roth. Sem contar a coletiva que mobilizou a imprensa e não esclareceu nada que já não se soubesse. Capítulos insossos que terminaram em pizza. Como disse o polêmico dirigente do Palmeiras, deviam montar um circo.

Teve de tudo nesta novela. Traição, perdão, falcatrua, enrolação. Só faltou paixão. Diria mais, a tal novela Ronaldinho foi um desrespeito ao Grêmio, enquanto clube e enquanto torcida. Se quisesse mesmo jogar no Grêmio outra vez, Ronaldinho podia ele mesmo pagar a multa rescisória com o Milan e assinar o contrato com o clube que o lançou. Dinheiro não é bem o problema. Ganância pode ser. Como disse Pelé, numa de suas poucas declarações que fez sentido, se fosse gremista, Ronaldinho jogava até de graça. Parece que agora nem de graça ele pisa no Olímpico.

Esse tipo de 'novela' só reforça que, apaixonado mesmo, só o torcedor. Futebol é mercado, é negócio. Aqui na província vai continuar na base da arte marcial dentro de campo e da eterna rivalidade fora dos gramados. Mazembe e Ronaldinho Gaúcho agora estão em patamares semelhantes, com margem de erro para mais ou para menos, conforme quem flauteia.

PS - a foto eu puxei da zerohora.com, é do simpático colega Fernando Gomes ;)

2 comentários:

  1. Belo texto. Mas ainda acho que, nessa história de comparação com o Mazembe, perder por não ter grana não pode ser pior do que perder por não ter time. Mas flauta é flauta.
    Boa semana!
    Bjs

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  2. Com certeza, Andrei. Mas explica isso pra um colorado!rs Beijo ;)

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