quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O poder de um sorriso pueril


“Como se não fosse respeitável ser o que se é”

Nada como uma criança para nos arrancar um sorriso. No trem lotado de cada dia, basta uma mãe com uma criança de colo nos assentos preferenciais para todos os que se apertam ao redor ficarem bobos. Começam de risos, piscadas, caretas e outras patetices. Mas sorriem, ao menos.

A espontaneidade das crianças mexe com a gente de uma forma como que capaz de despertar a mesma espontaneidade que temos dentro de nós, mas no mundo adulto fazemos de conta que já nem existe mais.

Adultos não podem ser espontâneos no trabalho, pois precisam transmitir respeito e confiança a chefes, colegas e clientes – como se não fosse respeitável ser o que se é.

Se adultos são espontâneos demais nos relacionamentos amorosos ou de amizade, correm o risco de serem tachados como “crianções” e acabam sendo trocados por outros adultos – que disfarçam melhor.

Resta o trem, pelo menos quando tem uma criança por perto, para deixar aflorar a espontaneidade enrustida.

Mundo besta esse mundo que os adultos inventaram. Adultos que, espontaneamente, espiavam meu bloquinho enquanto eu rabiscava este post!

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