“Qualquer lapso de atenção da defesa adversária pode ser fatal, principalmente se o torcedor estiver igualmente desatento.”
Não contem pra minha mãe, mas ontem à noite assisti o jogo do Grêmio no meio da Geral. Depois de anos associada ao clube, esta foi a primeira vez que me vi no meio da avalanche. E também a última.
Cheguei atrasada no Olímpico, como quase metade dos torcedores que foram ao estádio. Jogo às 19h em dia de semana é de parar o trânsito em Porto Alegre, então só podia dar nisso. Atrasada, fui informada pelo amigo que me daria carona para voltar de que ele havia entrado pelo portão 10 e que ali eu deveria encontrá-lo quando chegasse. Ok, tão preocupada por já ter perdido 20 minutos de bola rolando, fui cegamente em direção ao portão 10. Quando olhei para o campo, logo ali em frente estava o goleiro Vitor. Olhei para os lados, vi as faixas azul-preto-branco estendidas pela arquibancada, o batuque embalando o canto da torcida, sinalizadores esfumaçando o ambiente. Eu estava no meio da Geral!
A alternativa que eu tinha era andar no meio daquela “banda louca” em direção ao local onde estava meu amigo. Mas aí eu pensava: “se sai o gol numa hora dessas eu vou parar no fosso!”. Sim, porque qualquer lapso de atenção da defesa adversária pode ser fatal, principalmente se o torcedor estiver igualmente desatento.
Não demorou muito para eu levar o primeiro empurrão. Aos 32, Rafael Marques fez 1 a 0 e aquele senhor de idade mais ou menos avançada que estava atrás de mim tratou de me empurrar escada abaixo, junto com a avalanche. O primeiro empurrão no meio da Geral a gente não esquece e, para mim, já era o suficiente. Torci com todas as minhas forças para que o jogo terminasse em apenas 1 a 0.
Maxi Lopez, o goleador?
O futebol que o Grêmio apresentava não merecia muito mais do que isso mesmo. Exceto pelo empenho de Maxi Lopez. O argentino parecia querer mostrar a que veio. Pena que ele estava “sobrando” na equipe. Era o único que estava afim de jogo. Pedindo a bola, Maxi chegava a colocar as mãos na cintura, balançando a cabeça em sinal negativo. Principalmente quando Souza, em péssima atuação, pegava a bola e achava que podia driblar todo mundo. Maxi precisou de outro argentino, Herrera, para receber a bola na área e fazer um belo gol de cabeça. Quando Rever fechou o placar, eu já estava no último degrau, e saí correndo a diante antes que começassem a me empurrar.
O Grêmio, sem técnico – embora já estivesse nessa situação há mais de ano -, foi fraco. Era um time desanimado. Estavam cansados por terem jogado o Gre-Nal 48 horas antes? Poupe-me do argumento de que eles precisam ser poupados. Eles são pagos pra jogar futebol, eles só fazem isso, esse é o trabalho deles. Pois que se preparem fisicamente para jogar todos os dias, se for necessário. Nisso também simpatizei com Maxi Lopez. Na entrevista coletiva após o jogo, ao ser questionado sobre a importância do gol marcado, o argentino, num espanhol tão claro que até me causa dúvidas de que ele seja mesmo argentino, disse: “hacer goles es mi trabajo”. Então que ele faça a avalanche descer muitas vezes nesta temporada.
Renato Gaúcho, o treinador?
A diretoria não assume, mas deixa no ar: não quer o Renato Portaluppi como substituto de Celso Roth. Ao serem questionados pela imprensa, os membros da diretoria vêm com um discurso de que o torcedor precisa entender que eles vão fazer o que for melhor para o Grêmio. Traduzindo: "a torcida precisa entender que não traremos o Renato Gaúcho".
O que a diretoria precisa entender é que a torcida não está satisfeita com os rumos que a atual administração está dando para o clube e que não existe momento mais favorável para a vinda do Portaluppi para o Tricolor: ele, ao contrário de Roth, tem a simpatia da torcida; ele, ao contrário de Roth, é gremista; ele, ao contrário de Roth, sonha em treinar o Grêmio e disse que jamais treinaria o Inter; ele, assim como Roth, está disponível no mercado, se for contratado, desembarca no mesmo dia no Olímpico.
Não contem pra minha mãe, mas ontem à noite assisti o jogo do Grêmio no meio da Geral. Depois de anos associada ao clube, esta foi a primeira vez que me vi no meio da avalanche. E também a última.
Cheguei atrasada no Olímpico, como quase metade dos torcedores que foram ao estádio. Jogo às 19h em dia de semana é de parar o trânsito em Porto Alegre, então só podia dar nisso. Atrasada, fui informada pelo amigo que me daria carona para voltar de que ele havia entrado pelo portão 10 e que ali eu deveria encontrá-lo quando chegasse. Ok, tão preocupada por já ter perdido 20 minutos de bola rolando, fui cegamente em direção ao portão 10. Quando olhei para o campo, logo ali em frente estava o goleiro Vitor. Olhei para os lados, vi as faixas azul-preto-branco estendidas pela arquibancada, o batuque embalando o canto da torcida, sinalizadores esfumaçando o ambiente. Eu estava no meio da Geral!
A alternativa que eu tinha era andar no meio daquela “banda louca” em direção ao local onde estava meu amigo. Mas aí eu pensava: “se sai o gol numa hora dessas eu vou parar no fosso!”. Sim, porque qualquer lapso de atenção da defesa adversária pode ser fatal, principalmente se o torcedor estiver igualmente desatento.
Não demorou muito para eu levar o primeiro empurrão. Aos 32, Rafael Marques fez 1 a 0 e aquele senhor de idade mais ou menos avançada que estava atrás de mim tratou de me empurrar escada abaixo, junto com a avalanche. O primeiro empurrão no meio da Geral a gente não esquece e, para mim, já era o suficiente. Torci com todas as minhas forças para que o jogo terminasse em apenas 1 a 0.
Maxi Lopez, o goleador?
O futebol que o Grêmio apresentava não merecia muito mais do que isso mesmo. Exceto pelo empenho de Maxi Lopez. O argentino parecia querer mostrar a que veio. Pena que ele estava “sobrando” na equipe. Era o único que estava afim de jogo. Pedindo a bola, Maxi chegava a colocar as mãos na cintura, balançando a cabeça em sinal negativo. Principalmente quando Souza, em péssima atuação, pegava a bola e achava que podia driblar todo mundo. Maxi precisou de outro argentino, Herrera, para receber a bola na área e fazer um belo gol de cabeça. Quando Rever fechou o placar, eu já estava no último degrau, e saí correndo a diante antes que começassem a me empurrar.
O Grêmio, sem técnico – embora já estivesse nessa situação há mais de ano -, foi fraco. Era um time desanimado. Estavam cansados por terem jogado o Gre-Nal 48 horas antes? Poupe-me do argumento de que eles precisam ser poupados. Eles são pagos pra jogar futebol, eles só fazem isso, esse é o trabalho deles. Pois que se preparem fisicamente para jogar todos os dias, se for necessário. Nisso também simpatizei com Maxi Lopez. Na entrevista coletiva após o jogo, ao ser questionado sobre a importância do gol marcado, o argentino, num espanhol tão claro que até me causa dúvidas de que ele seja mesmo argentino, disse: “hacer goles es mi trabajo”. Então que ele faça a avalanche descer muitas vezes nesta temporada.
Renato Gaúcho, o treinador?
A diretoria não assume, mas deixa no ar: não quer o Renato Portaluppi como substituto de Celso Roth. Ao serem questionados pela imprensa, os membros da diretoria vêm com um discurso de que o torcedor precisa entender que eles vão fazer o que for melhor para o Grêmio. Traduzindo: "a torcida precisa entender que não traremos o Renato Gaúcho".
O que a diretoria precisa entender é que a torcida não está satisfeita com os rumos que a atual administração está dando para o clube e que não existe momento mais favorável para a vinda do Portaluppi para o Tricolor: ele, ao contrário de Roth, tem a simpatia da torcida; ele, ao contrário de Roth, é gremista; ele, ao contrário de Roth, sonha em treinar o Grêmio e disse que jamais treinaria o Inter; ele, assim como Roth, está disponível no mercado, se for contratado, desembarca no mesmo dia no Olímpico.
Renato Gaúcho pode ainda não estar entre os melhores técnicos do País, mas Roth estava? Sabe-se que ainda lhe falta experiência, conhecimento tático e freio na língua, mas Roth tinha? Fala-se em Paulo Autuori, uma excelente opção. Mas a torcida quer o Renato e o Renato quer o Grêmio.
Acho que vc deve pensar seriamente na carreira de Jornalista esportivo. O texto é ótimo! só uma coisinha, eu falei que ia entrar pelo portão 10 e não que ia ficar por lá hehe...
ResponderExcluirE eu ia atravessar o estádio no meio da avalanche! hehe
ResponderExcluirPenso seriamente no jornalismo esportivo, sim, mas aqui no blog escrevo como torcedora mesmo ;)
Oi Tys!!!!
ResponderExcluirÓtimo texto... Avalanche nunca mais então? hehehehe
Concordo com o Batista: pensa no jornalismo esportivo!!
Oi Tys!
ResponderExcluirVens para a Páscoa? Venha pois ai está ficando muito perigoso para ti, estás muito arteira.
Vamos participar da procissão na sexta? Teremos nosso fotógrafo particular,ou ele estará no cortejo?
Beijo
Rita
TYS!!!
ResponderExcluirTexto perfeito... tão bom que vou iniciar uma campanha!!!!
Tys no Cadernos de Esportes da ZH!!
E não eh zoação, sabe q acredito no teu potencial.
Agora outra coisa... ta inteira ainda depois de 3 avalanches??? haushauhshaushaush
Grand bju SDD...
Desse jeito vou substituir o Sant'anna, o gremista mais pentelho do grupo RBS! rsrsrs
ResponderExcluirObrigada pela leitura e comentários de todos. Aviso aos gramadenses que aqui perguntaram que estarei pousando em Gramado na noite desta quinta-feira santa, me aguardem!