“Dei uma espiadinha no blackberry alheio e recebi o castigo antes mesmo que tivesse tempo de me arrepender e pedir perdão ao Senhor por cobiçar o e-mail do próximo.”
Fazia tempo que eu queria escrever sobre as pessoas que leem no trem. Eu mesma sou uma delas, mas só consigo fazê-lo quando garanto meu espaço no assento. Aí sim, leio livros, revistas, polígrafos da faculdade (principalmente). Jornais, não. As folhas grandes e soltas são pouco práticas para o aperto do vagão.
Tem gente que consegue. Mas também tem gente que consegue ler até dependurado no trem. Eu não. Segurar a barra com uma mão, o livro com a outra e ainda virar a página, com o trem em movimento é demais para uma pessoa da minha estatura. Mas tem gente que lê. Inclusive, eu me divirto observando a diversidade de leituras que o trem proporciona. Entre os jornais, Diário Gaúcho é o mais lido, disparado. Livros aparecem de todo tipo, das apostilas de concursos públicos às Sagradas Escrituras.
Dia desses, sentei-me entre dois intelectuais. A moça à minha esquerda lia 1808, livro que está na minha lista. O cara à minha direita segurava o jornal Valor Econômico no colo enquanto verificava os e-mails no blackberry. Sim, dei uma espiadinha – de leve – no blackberry alheio. Recebi o castigo antes mesmo que tivesse tempo de me arrepender e pedir perdão ao Senhor por cobiçar o e-mail do próximo.
Quando tirei o bloquinho e a caneta da bolsa para começar a rabiscar este post, o cara do blackberry foi logo espiar que diabos eu ia anotar. Fiquei tímida de escrever sobre o crime que acabara de cometer sob o olhar desconfiado da própria vítima. Acabei colocando o bloco de volta na bolsa até ele sair dali e me deixar escrever em paz. A cada movimento que eu esboçava, ele tirava o olho do Valor e ficava me cuidando. De certo para ver se me atreveria a pegar de novo a caneta na mão.
Enquanto isso, a moça do 1808 fechou o livro e saiu, sem sequer ter me notado.
Fazia tempo que eu queria escrever sobre as pessoas que leem no trem. Eu mesma sou uma delas, mas só consigo fazê-lo quando garanto meu espaço no assento. Aí sim, leio livros, revistas, polígrafos da faculdade (principalmente). Jornais, não. As folhas grandes e soltas são pouco práticas para o aperto do vagão.
Tem gente que consegue. Mas também tem gente que consegue ler até dependurado no trem. Eu não. Segurar a barra com uma mão, o livro com a outra e ainda virar a página, com o trem em movimento é demais para uma pessoa da minha estatura. Mas tem gente que lê. Inclusive, eu me divirto observando a diversidade de leituras que o trem proporciona. Entre os jornais, Diário Gaúcho é o mais lido, disparado. Livros aparecem de todo tipo, das apostilas de concursos públicos às Sagradas Escrituras.
Dia desses, sentei-me entre dois intelectuais. A moça à minha esquerda lia 1808, livro que está na minha lista. O cara à minha direita segurava o jornal Valor Econômico no colo enquanto verificava os e-mails no blackberry. Sim, dei uma espiadinha – de leve – no blackberry alheio. Recebi o castigo antes mesmo que tivesse tempo de me arrepender e pedir perdão ao Senhor por cobiçar o e-mail do próximo.
Quando tirei o bloquinho e a caneta da bolsa para começar a rabiscar este post, o cara do blackberry foi logo espiar que diabos eu ia anotar. Fiquei tímida de escrever sobre o crime que acabara de cometer sob o olhar desconfiado da própria vítima. Acabei colocando o bloco de volta na bolsa até ele sair dali e me deixar escrever em paz. A cada movimento que eu esboçava, ele tirava o olho do Valor e ficava me cuidando. De certo para ver se me atreveria a pegar de novo a caneta na mão.
Enquanto isso, a moça do 1808 fechou o livro e saiu, sem sequer ter me notado.
É bem auilo neh... a curiosidade matou o gato!!!! aushauhsuahsuash
ResponderExcluirBju ath domingo!!
Adorei o texto, divertido e interessante :-) Fiquei imaginando a cena, afinal, espiar a leitura dos outros é um pecadilho que todos nós já cometemos numa viagem de trem ou de ônibus
ResponderExcluirAdorei o teu post! No trem, tem cada personagem... Beijo!
ResponderExcluirMiti, Carlos e Kelli, obrigada pela leitura! Não tem mesmo quem nunca tenha reparado nas figuras e nas leituras que nos acompanham em nossas idas e vindas! Até!
ResponderExcluirQuerida!
ResponderExcluirQue saudades de "te ler!"
Ando correndo tanto que me escapam até os "Favoritos" do meu note...
Mas nesse domingo gostoso, me permiti curtir as leituras que mais me agradam, entre elas, teu blog.
Parabéns pelo talento, que vem se aprimorando cada vez mais!
Saudades, beijo!