E eu preocupada por ter dado uma espiada no blackberry alheio com toda a discrição...
Segunda-feira, eu tinha uma aterrorizante prova de Semiótica à minha espera na Unisinos. Como dispunha de meia hora – mesmo que a bordo de um trem lotado – aproveitei para dar uma última revisada nas minhas desastrosas anotações.
Apoiei o caderno na cintura e fiquei segurando a barra com a mão que sobrava. Deixava para virar a página quando o trem parava na estação seguinte. Assim que vagou um espaço na parede, escorei-me ali. Até então, ninguém havia reparado no caderno adesivado de uma estudante em dia de prova. Só até então.
Não demorou para o cara engravatado escorado ao meu lado apontar o dedo para meus resumos e dar risada.
- É tanta imagem que não contemplamos. Hahaha! É mesmo! Hahaha!
Olhei para ele com aquele sorriso amarelo no rosto, fiz que “sim” com a cabeça e voltei a olhar para o meu caderno. Minutos depois o cara me pergunta em que semestre estou... tentando cortar o assunto sem precisar ser desagradável, limitei-me a responder:
- Quinto.
Ele revidou:
- Calculei.
Como assim, calculou?! Não sei que lógica ele usou para essa matemática, mas continuei virando minhas páginas. E ele continuou espiando a minha leitura. Parecia se divertir com minhas anotações difusas (estaria ele entendendo alguma coisa?). Não bastasse, o cara ainda ousou me corrigir:
- Não é a principal, é uma das principais...
Sabe aquela virada de olhos que a gente dá quando quer mandar a pessoa a PQP, mas se segura? Pois é, foi assim. Fiz de conta que não era comigo, forcei aquela cara de paisagem e continuei lendo.
Não sei se ele ainda tinha esperança de que eu fechasse meu caderno e começasse a prosear ou se ele tinha problema mesmo, mas o cara ainda arriscou uma última pergunta:
- Tem prova hoje?
- Não! Só estou fingindo estudar para ver se tu para de tentar falar comigo.
Calma! Não foi essa minha resposta, embora ele até estivesse merecendo, pela falta de simancol. Fiz que “sim” com a cabeça, de novo, e voltei a ler, outra vez.
Finalmente, vagou um lugar no assento. Enfim eu leria em paz! Se bem que o cara continuou parado ali por perto e não perdeu a oportunidade de me desejar “boa prova” ao me ver fechar o caderno e olhar para o horizonte.
Moral da história. Acho que ele só estava tentando ser simpático. Eu é que estou na TPM.
Segunda-feira, eu tinha uma aterrorizante prova de Semiótica à minha espera na Unisinos. Como dispunha de meia hora – mesmo que a bordo de um trem lotado – aproveitei para dar uma última revisada nas minhas desastrosas anotações.
Apoiei o caderno na cintura e fiquei segurando a barra com a mão que sobrava. Deixava para virar a página quando o trem parava na estação seguinte. Assim que vagou um espaço na parede, escorei-me ali. Até então, ninguém havia reparado no caderno adesivado de uma estudante em dia de prova. Só até então.
Não demorou para o cara engravatado escorado ao meu lado apontar o dedo para meus resumos e dar risada.
- É tanta imagem que não contemplamos. Hahaha! É mesmo! Hahaha!
Olhei para ele com aquele sorriso amarelo no rosto, fiz que “sim” com a cabeça e voltei a olhar para o meu caderno. Minutos depois o cara me pergunta em que semestre estou... tentando cortar o assunto sem precisar ser desagradável, limitei-me a responder:
- Quinto.
Ele revidou:
- Calculei.
Como assim, calculou?! Não sei que lógica ele usou para essa matemática, mas continuei virando minhas páginas. E ele continuou espiando a minha leitura. Parecia se divertir com minhas anotações difusas (estaria ele entendendo alguma coisa?). Não bastasse, o cara ainda ousou me corrigir:
- Não é a principal, é uma das principais...
Sabe aquela virada de olhos que a gente dá quando quer mandar a pessoa a PQP, mas se segura? Pois é, foi assim. Fiz de conta que não era comigo, forcei aquela cara de paisagem e continuei lendo.
Não sei se ele ainda tinha esperança de que eu fechasse meu caderno e começasse a prosear ou se ele tinha problema mesmo, mas o cara ainda arriscou uma última pergunta:
- Tem prova hoje?
- Não! Só estou fingindo estudar para ver se tu para de tentar falar comigo.
Calma! Não foi essa minha resposta, embora ele até estivesse merecendo, pela falta de simancol. Fiz que “sim” com a cabeça, de novo, e voltei a ler, outra vez.
Finalmente, vagou um lugar no assento. Enfim eu leria em paz! Se bem que o cara continuou parado ali por perto e não perdeu a oportunidade de me desejar “boa prova” ao me ver fechar o caderno e olhar para o horizonte.
Moral da história. Acho que ele só estava tentando ser simpático. Eu é que estou na TPM.
AAAhhhh o chocolate...agora entendi!!!!!
ResponderExcluirhehehehe bjaum maninha!!!